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Nome é poder!


Por que Het Heru e não Hathor?

Porque Hathor é o nome copta/grego para Het Heru (ḥwt-ḥr). Um dos saberes preciosos do legado deixado por Kemet (o antigo Egito) é a importância dos nomes. Em Kemet, um nome não era apenas uma forma de chamar algo/alguém; ele carrega a força vital e a essência de quem se referia. Por isso, alguns nomes eram mantidos em segredo, protegendo o poder que continham.

Het Heru : A casa de Heru

Por aqui vamos nos referis a Neterets , Deusas, como Auset (conhecida como Isis) e Neters, Deuses, como Heru (Hórus), Djehuty (Thot), Anpu (Anúbis), Ausar (Osíris), pelos nomes anteriores às versões helenizadas ou traduzidas que acabam distancia-los do significado e da essência transmitidos por Kemet. Ao recuperar e usar os nomes em suas formas mais próximas do original, reafirmamos a importância do vínculo entre identidade e linguagem, preservando a vitalidade e o poder da memória cultural e espiritual africana.




A violência dos processos e mecanismos colonizadores destruiu as possibilidades de preservação da língua materna dos meus ancestrais. Por isso, sempre que tenho as ferramentas e o conhecimento necessário, prefiro utilizar os nomes e as nomenclaturas africanas. É uma forma de honrar essa herança e manter viva a identidade que ela carrega.


Existe uma música de um povo africano conhecido como Tuaregues, um grupo que enfrentou a marginalização tanto pelos árabes quanto pelos europeus, que por sua vez os chamavam de "bárbaros".  E no entanto se autodenominam Amazigh, que significa "livres", que reflete a importância da identidade relacionada com a linguagem nos seguintes versos:


Eu realmente sou Amazigh

Eu acordei de um sonho

Mas não foi um sonho

Ó povo corajoso, eu sou Amazigh

Meus filhos disseram: pai, você é Amazigh

A língua que você fala prova que você é Amazigh

Perder sua língua é como ser enterrado em uma terra estranha

Ó povo corajoso, eu sou Amazigh



Amazigh



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