Het Heru o princípio da vida
O princípo da beleza
Het Heru que está no céu, na terra,
na água, no mel, no cristal e no éter.
Het Heru Senhora dos meus caminhos
Het Heru, que sua dança repleta de amor,
felicidade e alegria me guie.
Amor, música, dança, alegria, fertilidade e prazer estão relacionados a ela. É frequentemente retratada como uma mulher com chifres de vaca, símbolo de fertilidade e nutrição, ou na forma de uma vaca sagrada, representando generosidade e abundância. O disco solar em sua cabeça mostra sua ligação com Rá, e o sistro, um instrumento musical sagrado, é símbolo de sua associação com a música e a dança. Ela também é representada com um colar Menat, um talismã que representava bênçãos e proteção. Seus simbolos também incluem a cana de papiro e as cobras.
Het Heru, Hator, foi originalmente personificada como a Via Láctea, vista como o leite que fluía dos úberes de uma vaca celestial, conectando-a às deusas Nut, Bat e Mehet-Weret. Com o tempo, ela absorveu atributos de diversas divindades e passou a ter uma forte associação com Auset - Ísis.
Mais festivais eram dedicados a ela do que a qualquer outra divindade, e inúmeras crianças recebiam seu nome em sua homenagem. Seu culto transcendeu as fronteiras do Egito e da Núbia, sendo reverenciada também na Ásia Ocidental semítica, Etiópia, Somália e Líbia.
Como deusa do céu, Het Heru era conhecida como a "Senhora das Estrelas" e "Soberana das Estrelas", associada a Sirius, e consequentemente às deusas Sopdet . Seu aniversário coincidia com a primeira aparição de Sirius no céu, marcando a iminente inundação do Nilo. Durante o período ptolomaico, ela era celebrada como a deusa do mês de Hethara, o terceiro do calendário egípcio.
Sendo "Senhora do Céu", Het Heru se conectava a Nut, Mut e à figura da Rainha. Como "Enfermeira Celestial", cuidava do faraó disfarçada de vaca ou figueira sicômoro, árvore que produzia uma substância leitosa associada ao seu papel maternal. Sob o título de "Mãe das Mães", Het Heru é a protetora das mulheres, da fertilidade, das crianças e do parto, abrangendo tudo que diz respeito à saúde, beleza e questões amorosas. Diferentemente de outras divindades, Het Heru contava com sacerdotes de ambos os gêneros.
Patrona das artes cosméticas, os espelhos são sua oferenda votiva tradicional. É muito representada em paletas de maquiagem. Ela aprecia tudo que é belo e positivo. Ela é "Dona da Vida", da alegria, do amor, romance, perfumes, dança, música e álcool. O incenso de mirra simboliza suas qualidades femininas.
Het heru também está associada a pedras preciosas e metais, como turquesa, malaquita, ouro e cobre. Conhecida como "Senhora da Turquesa" e "Senhora da Malaquita". A malaquita moída era usada na maquiagem dos olhos por suas propriedades protetoras, relacionadas a ela.
Patrona dos dançarinos, Het Heru tem afinidade com música percussiva, especialmente o sistro, instrumento que também representava a fertilidade. O colar Menat, possivelmente um instrumento de percussão, reforçava seu epíteto de "Grande Menat". Muitos de suas sacerdotisas eram artistas, musicistas e dançarinas, que enriqueciam a vida cultural e a reverenciavam através de suas expressões criativas.
Representando a dança e a sexualidade, Het Heru é chamada "Mão de Deus" e "Senhora da Vulva".
Como "Senhora do Oeste" e "Senhora do Sicômoro do Sul", Het Heru ampara as almas na jornada pós-vida. A sombra das raras árvores no Egito era um alívio tanto para vivos quanto para mortos, e ela às vezes era retratada como uma árvore de sincômoro oferecendo água aos falecidos .
Het Heru também é representada como as "Sete Het Heru ", associadas às Plêiades, ligadas ao destino e à adivinhação, conhecedoras da duração da vida de cada recém-nascido e consultoras das almas no além. Sacerdotisas especializadas previam o destino das crianças e interpretavam sonhos, atraindo devotos de longe.
Quando retratada como uma vaca, exibia olhos detalhados e um disco solar entre os chifres. Muitas vezes aparecia em vestes vermelhas, simbolizando paixão, enquanto sua cor sagrada é turquesa. Curiosamente, apenas Het Heru e Bes, outro protetor do parto, foram representados de frente em retratos, em vez do perfil usual.
Het Heru é o poder organizacional que faz a harmonia emergir do caos. É quando possibilidades latentes se combinam e dão origem a uma criação, seja material ou etérica. Ela é a beleza que tudo permeia. É estado de encantamento, de deleite dos sentidos e transbordamento fertilizante.
Que texto maravilhoso! DWA Het Heru.