Toda definição parte de uma comparação. Eu sei o que é bom porque conheço os parâmetros do oposto, o que é dito mau e do que é semelhante ao que julgo como bom. Simples porém complexo. Mas de onde vem a métrica desses conceitos? Exemplo: Cresci ouvindo que meu cabelo era ruim e que precisava ser "domado" e até os meus 27 anos busquei vários meios para acabar com a "ruindade" dele. Só parei quando entendi que eu não cabia naquela definição e que do lugar de onde ela vem pessoas como eu só recebem dor.
Virei então a chave e escolhi receber amor. Muitas vezes quando fazemos movimentos de ruptura, de quebra de padrão o amor não vem de outrem. Foi assim, mais de 14 anos atrás, quando cortei todo o meu cabelo com química e deixei que ele crescesse natural. Me disseram que não iria combinar com a Dança do Ventre, me disseram que eu estava surtada de querer andar com o "cabelo duro", me disseram que eu não iria aguentar e voltaria correndo para o alisamento.
Ledo engano. Naquele momento, ativei o que hoje chamo de "Modo Felina". As grandes felinas, com exceção das leoas, são caçadoras solitárias. Elas não têm ninguém para lembrá-las de seu potencial ou para incentivá-las. Elas agem porque sabem quem são e confiam em suas capacidades. Há momentos em que, ou você ativa esse "Modo Felina" e segue em frente, ou permanece estagnada.
Os padrões impostos sobre os corpos são projetados para gerar insegurança, autodesprezo, falta de aceitação e para nos afastar de nossas reais capacidades e essências. Reconheça sua grandeza e se livre de todo esse peso jogado sobre você e suas ancestrais.
Não abdique da sua beleza, pois nela reside uma parte essencial do seu poder!
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